Arquivo de janeiro, 2007

A boa revolução da computação na fronteira do «vestuário inteligente e inter-pessoal». A era da comunicação que emergiu com a Internet e a Web – para uma computação centrada (na verdadeira acepção da palavra) no ser humano, em que expressões como a «innernet» e a «body net» assumem um significado literal. br /br /O conceito “pessoal” já nada tem a ver com o sonho de Bill Gates, o próximo computador será embutido no tecido que vestimos, no adereço que usamos, colado à pele ou implantado em alguns dos nossos órgãos sensoriais, veja bem “sensoriais” nada foi dito sobre outros órgãos (sexuais, por exemplo)br /br /A migração completa do computador dos locais convencionais para o corpo está anunciada. A moda já recebeu uma provocação. Os jovens estilistas da Creapôle École de Création et Management parisiense, do Bunka Fashion College, de Tóquio, da Domus Academia, de Milão, e da Parsons School of Design novaiorquina, de braço dado com os “lunáticos” do Media Lab e o apoio do Massachusetts College of Art vieram dizer que “não pode haver mais bela sem bits”. br /br /Aproveitando a Semana da Moda de Boston, que ocorre anualmente desde 1995, este «show» marginal pretendeu dizer aos estilistas que o vestuário do futuro “terá de ter a eletrônica embutida ou então não servirá para grande coisa, mesmo quando falamos do chique e não só do dia-a-dia”.br /br /O que daqui advirá é um efeito multiplicador na economia. “Vamos assistir a uma nova convergência de indústrias, que até agora não se relacionavam. A eletrônica de consumo pode encontrar o vestuário, o calçado, a chapelaria, o próprio têxtil. Surgem novas oportunidades para a óptica – o «Terminator» (filme) não é mais ficção -, a relojoaria – Dick Tracy, para os aficionados, já não está muito longe!br /br /br /Aliás, as “estréias” em algumas destas indústrias não se fizeram esperar. Um novo tipo de óculos eletrônicos, um blusão musical da Levi’s com um teclado bordado e um sintetizador como adereço já foram apresentados. br /br /Um joalheiro dos mais chiques da 5ª Avenida (em Nova Iorque), a casa Harry Winston, lançou um broche de diamantes e rubis que tem incorporado um sensor para medir a palpitação do coração e que emite diversos graus de luminosidade. É uma das suas primeiras aplicações em joalharia “médica preventiva”, em colaboração com o Media Lab. A próxima etapa será a “joalharia comunicacional”.br /br /br /As aplicações cirúrgicas fizeram, também, os seus anúncios. John Wyatt, do MIT, anunciou que a primeira cirurgia com um implante eletrônico na retina irá ocorrer a 9 de Dezembro, e que se espera no dia seguinte saber se abriu ou não mais uma página na medicina.br /br /br /Para saber mais:br /a href=”http://wearables.www.media.mit.edu/projects/wearables/timeline.html%20″Alex Pentland, mais conhecido por «Sandy», explica em discurso “vestuário inteligente” Uma breve história dos “computadores que se vestem” /a